× Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
João Bosco do Nordeste
Professor Mestre em Educação e Administrador empreendedor
Textos
A fadinha da poupança
A FADINHA DA POUPANÇA

Na cidade encantada de Literacity morava Poupancinha, uma menina com doze anos, com seus cinco irmãos menores. Muito inteligente, preocupava-se com o bem estar da sua família. O pai tinha uma pequena oficina mecânica no bairro.
Em noites estreladas, Poupancinha ficava olhando o céu com os braços abertos e as mãos estendidas para o alto, apanhava pedaços de estrelinhas imaginárias que caíam, colocando numa caixinha colorida que ela mesmo fez.
Um dia, o pai vendo aquilo perguntou:
- Minha filha, o que você está fazendo? – Ela explicou com outra pergunta:
- Pai, como é que eu vou pagar os meus estudos quanto eu ficar grande?
Não sei filha, mas o “futuro a Deus pertence”. Não se preocupe com isso.
A menininha balançou a cabeça sinalizando um “não” e explicou ao pai:
- Pai, eu sonhei com a linda e baixinha fada Anjana, de lindos cabelos longos e cheios de flores.  Ela estava com uma roupa comprida e branca, carregando o seu bastão mágico, e ainda conversava com os animais. Quando me viu, ela percebeu a minha preocupação, e me disse que, para encontrar o futuro certo, eu tenho de pensar antes, como ela faz, guardando num gruta onde mora os tesouros secretos que caem do céu, para usar quando precisar. Por isso, pai, é que eu guardo esses pedaços de estrelinhas para ajudar a pagar meus estudos quando eu ficar grande. Sei que o senhor e a mamãe não vão poder fazer isso por todos os meus irmãos.
Inicialmente o pai ficou triste, mas depois abriu um grande sorriso.
- Entendi minha filha. O nome disso é poupança, que você está fazendo para ter condições de pagar os estudos no futuro. Como eu nunca pensei nisso?
Ela então concluiu:
- Todo mundo deveria pensar como a Fada Anjana, não é pai?
- Sim minha filha. Eu agora também aprendi. Agradeça à sua fadinha por mim.
No dia seguinte, o pai foi ao banco e abriu uma conta de poupança em nome de cada filho, para transferir um pequeno valor mensal igual para cada um, tirando dos valores que recebia dos serviços da oficina.
A partir daquele dia todos em casa podiam ouvir à noite vinda de lá da gruta onde morava a fada Anjana uma linda canção que dizia assim:
- “A felicidade não se compra, mas o amor pela família tem muito valor”.  

- Conto do autor, no Livro Rapsódia de um contador de histórias, Editora Becalete, 2018.
João Bosco do Nordeste
Enviado por João Bosco do Nordeste em 28/05/2018
Alterado em 28/11/2018
Comentários