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João Bosco do Nordeste
Professor Mestre em Educação e Administrador empreendedor
Textos
A promessa é acabar com os miseráveis
“Vou acabar com os miseráveis” disse um dia a insensatez,
fica o não dito pelo um maldito.
Os miseráveis são derrotados e precisam ser exterminados,
vão viver desprotegidos, tal semente mal plantada, gera frutos apodrecidos.
É prato cheio pra morte, quando lhes acaba a sorte, na forma de um delinquente,
são entregues a Polícia, por seus familiares,
e os políticos com ética sempre obscura,
usam da fome para aumentar a ditadura,
aumentando a sua renda, comprando a alma do pobre,
construindo altos muros, adquirindo fazenda,
acabando o seu futuro, numa vida nada nobre.
O dilema que não sossega: o miserável se entrega?
A que preço é comprado? Faça uma oferta que aceite:
uma bolsa, um cimento, que tal uma lata de leite?
Carro pipa é bem da hora, para não morrer de sede;
Ele tem medo de espora, mas um cavalo é bem-vindo.
Uma dentadura ele aceita, até de segunda mão,
recebe até um caixão, por não sentir-se mais gente,
faz pacto até com o diabo, para ganhar seu tostão.
O pobre sempre vai dever favor, com um cabresto no pescoço,
Não morreu, por sua culpa, engravida a família pela sabedoria sem lucidez,
Quer receber mais bolsas todo mês, achando que isso é o céu.
Enquanto isso, lá de cima do poder, eles também querem o ferrar
Com essas migalhas continua sendo fácil a compra desse pobre tabaréu.
Falta luz, “liga o fifó, amanhã vai ser mió, quem disse foi coroné”.
A esperança está deitada, mas a realidade está de pé,
E deixe ele pensar que fazendo filho e sem trabalho vai sempre comer filé.
Incentivando a preguiça, transforma o povo em mundiça,
jogando sinuca e tomando cervejas.
Fica escondido nas sombras, para que ninguém o veja antes da eleição.
O que vai ser do seu futuro, sem uma escola decente,
pra toda essa nossa gente, aprendendo uma profissão?
Opção não mais lhe resta, mas sai de festa e entra em festa,
pensando que está curtindo, embriagado e sovino,
sofrendo o seu destino, por total invalidez sem ver a  humilhação.
Preferem ver na cabeça as bolsas voando, que um trabalho na mão.
O que fazer com o dinheiro, que recebeu como esmola,
Que não lhe garante a saúde, segurança ou escola?
A educação é uma miséria!
Acabar com os miseráveis talvez fosse “acabar com a miséria!”
– “Relaxe e goze” alguém disse. Isso foi grande pilheria.
Quando passa o tempo e nada acontece, a paciência padece,
Então ele vai lá na feira do rato, conversa com mané gato,
Compra uma arma de "tonho galo", conta sua história a “Jacaré”
Ouve conselho idiota, e acha que encheu a sua quota,
Chateado sai pra rua, vendo que agora não é mais sua,
Foi ludibriado por um sistema, que não quer acabar com a miséria.
Acabaram com os miseráveis? Não! Aumentaram os delinquentes na prisão!
Coitado do cidadão ... Esse é o fim de uma Nação.
João Bosco do Nordeste
Enviado por João Bosco do Nordeste em 07/08/2014
Alterado em 27/06/2023
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