Fiscalizando o fiscal do banco – nº IV
Observação:
Essas frases foram retiradas de relatórios que os fiscais de um banco federal faziam na década de 90, e de tão engraçadas eu fui guardando para escrever um dia, e deixar como páginas de humor de uma época que a gente era feliz e não sabia. Hoje isso não existe mais.
(Os nomes dos funcionários serão propositadamente omitidos, pois a ideia não é expor ninguém, e sim transformar as frases em momentos lúdicos. Claro que muitas foram refeitas, à pedido das gerências das Unidades)
1. Não fiquei satisfeito com a quantidade de água que o açude tomou;
2. Veja a relação de semoventes (animais): 01 cavalo; 2 bois; 1 égua; 1 pampa e 1 fusca;
3. ... então eu dei três opções ao cliente: ou ele compra o bicho ou devolve o dinheiro ao banco;
4. Não contei a quantidade de gado direito, pois como o banco sabe, no domingo quebrei os óculos na vaquejada. O jeito foi comer o gado pela quantidade que o cliente falou;
5. A cerca já está quase pronta. Só falta comprar os arames, as estacas e os grampos;
6. Sem que eu pedisse, o mutuário enfiou um bode no meu fiat e disse que era meu. Não devolvi por que eu poderia ser mal entendido por ele;
7. O cliente fez o telhamento do curral, o cancelamento e agora só falta o calcetamento para dar uma vida melhor ao gado;
8. Ele diz que está botando tudo pra frente na fazenda, mas se apertar ele bota tudo pra fora, pois está ficando tudo para trás;
9. O açude continua vazio, deve ser por falta de chuvas na região;
10. A família é grande e a ração está sendo comida pelo gado, e todos passam bem;
11. As vacas estão com necessidades não atendidas, por falta de chuva. O banco deve apertar o mutuário para ele soltar o que sabe;
12. O cliente disse que comprou o feijão e plantou, mas eu não vi nenhum saco;
13. Fiscalizar aquela região eu não posso, pois a minha Brasília até tem boa vontade, mas chovendo os riachos não querem acordo;
14. A mulher está doente e o rebanho é grande, mas ele não quer vender a vaca para comprar remédios e dar-lhe uma boa morte;
15. Eu acho foi a falta de chuvas que ajudou fortemente para que a lavoura fosse fracamente perdida.
João Bosco do Nordeste
Enviado por João Bosco do Nordeste em 25/08/2014
Alterado em 27/08/2014