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João Bosco do Nordeste
Professor Mestre em Educação e Administrador empreendedor
Textos
A canção parou na hora errada por uma “Espírito de porca”.
Na década de 80, durante um veraneio, numa quarta feira por volta das 17 horas estávamos num grupo, sentados numa sombra de uma barraca de praia desabitada de vendedores, pois era meio de semana, tocando violão e cantando.
Observamos passando pelas areias próximas das águas do mar duas mulheres, ao que um de nós reconheceu que se tratava de uma cantora famosa, ali veraneando com uma amiga. Ao passar na frente da barraca, pedimos para que ela cantasse alguma música. Inicialmente ela não quis, mas estimulada pela amiga resolveu cantar. Pediu um tom ao tocador e começou a cantar uma melodia linda, gravada recentemente, o que favoreceu a presença de outros veranistas que foram chegando.
Nós ficamos encantados, e ao terminar todos aplaudimos, mas uma senhora “espirito de porco” que sempre aparece nessas horas, disse:
- Que maravilha ! Como é que uma coisa tão feia assim pode cantar tão lindo?
Foi decretado um silêncio absoluto.
Todos nós olhamos uns para os outros com cara de raiva, repreendendo aquela criatura.
A cantora levantou-se da areia com a amiga, e com muita educação despediu-se de todos dizendo:
- Boa tarde! Sabe como é o nome do irmão de Rui? É fui. Thau!
O que poderia ter sido uma boa tarde, acabou sendo um mau dia, uma má ideia de quem parou a canção na hora errada, uma senhora com a aparência de “espírito de porca”, que se manifestou assim, tão porcamente, fazendo com que todos nós experimentemos também um pouco do seu farelo.
A cantora e sua amiga foram embora e nós ficamos ali, olhando uns para as caras dos outros.
Agora eu sei porque “quem com porcos se misturam, acaba comendo farelo sem perceber”.
João Bosco do Nordeste
Enviado por João Bosco do Nordeste em 09/09/2014
Alterado em 02/02/2015
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