A casa do Beija-flor
Vi um beija-flor beijando a flor num pé de juriti,
Foi ligeiro e percebi como um flash de uma vida.
Um lapso tão passageiro que até parece um turista,
Guiando e beijando a sorte, mesmo sem ser motorista.
Posso jurar que as sentiram os beijos que eu vi,
Aquele aroma do campo, de um bico sugador,
Num mesmo trejeito veloz de mobilidade e alegria.
Veio num raio de luz que clareia qualquer dia.
Desde que nasci, vejo o mesmo beija flor,
mas posso estar enganado pela sua aparência,
Ele parece o mesmo do meu tempo de criança,
Que enchia os nossos dias de alegria e de esperança.
Quem beija a flor beija a vida, e verde fica sua cor,
Não destrói os sentimentos e ama com paciência.
Vive sempre na inocência, voando num céu bonito,
Fortalecendo as suas asas, sua casa é no infinito.
João Bosco do Nordeste
Enviado por João Bosco do Nordeste em 17/09/2014