Um comprador da Bahia, muito gozador, chegou à Rua 25 de março em São Paulo e comprou R$ 60,00 de óculos numa banca. Ele era Adão, com sua gatinha Eva.
Na hora de pagar, pechinchou e pediu um bom desconto. Deu uma nota de R$ 200,00 pra pagar uma compra de R$ 60,00.  
Em São Paulo todo nordestino é chamado de baiano. Quando acontece qualquer coisa errada no meio da rua, eles dizem que aquilo é uma “baianada”.
Para mostrar que os trabalhadores nordestinos camelôs naquela rua não são bestas, o vendedor pediu para que o baiano comprador esperasse um pouco. Abriu a carteira e deu uma nota de R$ 140,00 de troco. O baiano comprador arregalou os olhos.
O vendedor disse:
- Aqui a gente só vende à vista. Como a vista não se vende, vou fazer uma revista olhando os óculos que você comprou, se os olhos viram o que o coração sentiu.
Ao abrir o pacote fez de contas que tomou um susto:
- Êpa! Disse ele. Não tem a nota fiscal.
Então concluiu:
- Nesta rua vendemos a qualquer Adão ou quem sabe a alguma Eva, mas o nosso desconto é tão grande, que de tão barato fica, que nenhum  cara de titica pode até não pagar, mas também não leva. Eva e Adão vão roubar outro ladrão.
Naquele momento ouviram o grito:
- Lá vem o Rapa !!!
Não ficou mais ninguém para contar o resto da história.