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João Bosco do Nordeste
Professor Mestre em Educação e Administrador empreendedor
Textos
A Geração “Nem Nem” revelada.
A face revelada da Geração “Nem Nem”
Qual seria a verdadeira face não revelada de quase seis milhões de brasileiros que nem estudam e nem trabalham? De quem é a culpa? De todos, pois cada um tem a sua parte nesse latifúndio.
Segundo o Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ, a face revelada é que um em cada cinco jovens, com idade entre 16 e 25 anos, faz parte desta infeliz geração, que para sair do seu status quo de acomodação ignóbil, não faz qualquer movimento ou sacrifício, pois as lideranças hoje estão comprometidas, deitadas em berço esplêndido na sua zona de conforto.
É necessário que cada parte envolvida assuma a responsabilidade de levantar a voz da denúncia e do apelo midiático que lhe cabe nesse latifúndio, para que num futuro próximo não estejamos comendo ainda mais os frutos amargos dessa planta nociva, criada apenas com objetivos eleitorais, pois a grande maioria tem idade a partir dos 16 anos, que pode votar, mas não pode ser presa.
O início dessas providências deve ser logo a partir da educação básica, para quem está em idade pós-infantil, e da educação profissional para os adolescentes que podem aprender uma profissão e servir profissionalmente ao mercado, recebendo seu salário e ocupando a mente com atividades dignas. A escola em tempo integral está dando certo em todos os países de primeiro mundo, mas parece que estamos na contramão dessa estrada, dando a ociosidade de presente a esses jovens uma geração sem futuro.
Essa camada da sociedade acomodada está entre os mais pobres e as mulheres, que abandonam o estudo ou deixam de trabalhar para se dedicar a maternidade, buscando benefícios assistencialistas, que posteriormente não vão lhes levar a lugar nenhum.
Toda atividade deve ser prazerosa e contínua, por isso devem ser estimulados a frequentar escola logo cedo, e a seguir com seus estudos, concluindo cada etapa, entrando numa boa rotina. Da mesma forma, o jovem que não trabalha perde a prática continuada, deixando o trabalho de se constituir como parte da sua formação como indivíduo e cidadão.
Enquanto os olhos das autoridades estiverem fechados para a face desse problema, as portas do crime estarão abertas para receber o contingente de brasileiros humilhados pelo Estado, que prefere fazer uma ação eleitoreira inicialmente, e na sequência aumenta o efetivo de policiamento para bater e matar esses mesmos jovens, que nem sabem que a esperança é verde e precisa de estudo para acontecer. Basta ver nas campanhas eleitorais o movimento que o poder instalado faz com eles, para cercar os seus votos, prometendo mundos e fundos, enganando-os, mas depois os abandona e os esquece. Nem é oferecida a dignidade de uma boa escola, nem hospitais e nem segurança pública para a comunidade, alarmada com o crescimento da criminalidade, cuja base está sustentada em quem nem sabe, e nem viu, na geração “nem nem”.
O poder público, inadvertidamente, oferece os benefícios momentâneos para que essa geração continue "nem nem”, mas essas mesmas vitimas poderão se voltar contra o Estado e contra os poderosos, que querem se manter no poder para sempre, sem qualquer projeto para o País, tendo em suas mãos esse contingente, junto com os analfabetos, todos cadastrados à sua disposição, para seus interesses eleitorais mais escusos.
Portanto, a face está revelada. O futuro está definido e certo no que todos já estamos vendo, vivendo e sofrendo na pele, nas ruas, nas cadeias e nos cemitérios.
João Bosco do Nordeste
Enviado por João Bosco do Nordeste em 09/01/2015
Alterado em 14/11/2017
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