Pensamentos nº 31 – Da Série: Indecifráveis 2
1) Se ele não olhar com os olhos dele, não verá nada nos olhos dela.
2) A bandeira do Manoel foi levada à Pasárgada, mas não deixou à meio pau aos persas que buscavam as suas cartas de alforria.
3) Um outono só não faz chover, porque todos verão no inverno que aquela prima vera virá lhes visitar.
4) Quem procura a racha, não encontra num cansado trem viajando com um turbante pela linha do horizonte.
5) Subir para o andar de cima é ser carregado pelo carrinho de mão do andar de baixo, na cidade das mãos e dos pés juntos.
6) Até hoje ninguém sabe por que a montanha é russa ou por que vivemos numa verdadeira roleta russa. Tá russo!
7) Quem poderia imaginar que a bunda da tanajura fosse alimentar a inspiração de enfiar silicone nos glúteos das conhecidas como "bundas de tanajura"?
8) Escova de dente de cabelo em pé no lixeiro é a senha da vassoura de bruxa para entrar a dengue no cacau do caminhão do lixo.
9) A justiça só é justa na causa sem calibragem dos pneus do absurdo descontentamento, pela falta de verba nas estradas dos julgadores.
10) Subestima a capacidade de fogo de uma vela que caminha para velar os vivos por quem os sinos dobram, na curva da noite veloz.
11) Mais do que uma necessidade estomacal, o estrume precisa ficar acima da Terra para produzir frutos de poder para o submundo.
12) Eu não sei por que se sabe o que ninguém sabe, se quem sabe não diz a razão por que deixou de saber exatamente o que não sabia.
13) No calceiro também se coloca o cinturão, e na fronha do travesseiro é que acontece as travessas que passam pelas cabeças antes de dormir.
14) Sapateiro não é o lugar onde se coloca sapato, e sim o profissional que fabrica e conserta sapatos. Não é? Mas meeiro é quem divide a terra para plantar. E o treiteiro?
15) Navio que carrega ônibus deveria pagar pedágio igual ao que se cobra na 15ª estrada de ferro madeira-mamoré, que estuprou a mata virgem.
João Bosco do Nordeste
Enviado por João Bosco do Nordeste em 11/06/2015
Alterado em 16/12/2018