A pousada do inferno
Ele pensou que a engrenagem
só rolaria em seu favor.
Tornou-se um farsante andante
no seu mundo enganador.
Olhou para todo lado
só lhe mostraram riqueza.
eles eram os aloprados,
campeões da avareza.
Com as mãos sujas de óleo,
que as algemas enfeitaram,
não era seu um triplex,
nem sítio que lhes doaram.
A partir de um certo tempo
mostrou um poste entre os dentes,
como cobras venenosas
ambos ficaram doentes.
Pensando em estar por cima,
caixa dois ganhando a rima,
asseclas viram inimigos,
e a polícia vai pra cima.
Na lama viram os maus feitos,
então foi lavado a jato,
humilhado apaga as provas,
foi reprovado de fato.
Numa estrada solitária,
tratou todos como otários,
no seu caminho incerto,
fez de amigos salafrários.
Pensando ser imortal,
virou cobra jararaca,
bateu cabeça no rabo,
gritando feito matraca.
O diabo trouxe-lhe a conta,
perdeu bens e o seu terno,
entrou para se hospedar,
na pousada do inferno.
João Bosco do Nordeste
Enviado por João Bosco do Nordeste em 25/06/2015
Alterado em 10/10/2021