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João Bosco do Nordeste
Professor Mestre em Educação e Administrador empreendedor
Textos
Redes sociais, a casa da solidão compartilhada
A alma não tem consciência que adoece o corpo. Por sua vez, a mente que não controla a emoção vai fazer a alma sofrer mais. Quem processa emoções, medos, desamor, a raiva, o ódio e a intriga de forma consciente ou não, também pode ficar doente, atacando os órgãos internos e o psicológico, até mesmo converter a sua vida num pânico.
O ideal é conhecer os nossos limites, processando apenas as emoções positivas, deixando fora do corpo e da mente, de forma consciente, as provocações e as injustiças, as agressividades e os ressentimentos. Essas reações afetam a digestão e o nosso sistema imunológico, além de transtornos psicológicos. Quem gosta disso são os psicólogos.
As emoções, quando são geradas por inocências positivas, conseguem estimular mais a alegria de viver e ainda curar feridas físicas ou amorosas, afastando o temor e o medo, deixando o mundo objetivo consciente para entrar no mundo subjetivo, melhor e mais inconsciente da mente.
Por tudo isso é que se deve ter cuidado com a chegada do sentimento da tristeza, que pode até levar a uma depressão, gerada por emoções negativas se adotarmos a sua paternidade e trazermos para dentro de casa. Então como fazer? Conviver com aspectos, fatos, amizades e pensamentos positivos?
Tudo medido, sem precisar que sejam muitos, mas que superem as adversidades do dia-a-dia, canalizando através do cérebro e levando ao coração, sabendo que sem coragem, a tristeza dará a certidão de nascimento do medo.
A saúde do corpo não existe se não combinarmos com a mente, ou o contrário. Nunca dará certo, por isso é bom combinar a imagem com o som, o externo com o interno, o material com o espiritual.
De que adianta fazer a plástica externa, se o conteúdo interno não pode ser alterado com bisturi? Adoecer à vezes é apenas uma decisão da mente, para que o corpo sofra. A única doença da mente que pode comprometer um trauma psicológico de não se entender o verdadeiro sentido da vida.
Dinheiro traz felicidade? Então por que existem pessoas pobres felizes e ricos tristes? A saúde não se compra com remédios, por isso é melhor controlar as emoções e ter a certeza de que a vida só dá uma oportunidade de ser feliz, se não atrapalhar a felicidades dos outros. Tanto em contatos físicos como virtuais.
Poderíamos até pensar que a doença é a falta de êxito, e que a saúde é a superação do fracasso, mas se não estamos lidando com nenhuma competição de vida, como explicar a ansiedade que nos leva sem querer a um vazio existencial?
Quando buscamos a felicidade na matéria, no dinheiro, no poder etc., tudo isso formam um componente inerte, mas se buscarmos nos sentimentos internos da nossa capacidade de existir, na convivência e no próprio sentido existencial, qualquer um verá que somos capazes de preencher essa angústia e esse vazio, se tentaremos preenchê-lo com ações de complemento da felicidade de outras pessoas. Somente assim, a angústia diminuirá se tivermos consciência e aceitarmos as nossas deficiências de que somos apenas o que queremos e podemos ser, sem cobranças maiores ou menores das nossas possibilidades, de modo que sejamos um só ser, feliz por estar vivo e incompleto, procurando a nossa outra parte, sem precisar provar nada e nem mostrar nada do que não podemos ser.
Viver de aparências é como imitar nada e não ser ninguém. Todos nós somos originais, mas a humanidade teima em querer ser cópia do que aparentemente está dando certo. Os consultórios de psiquiatras estão cheios de fantasmas de espelhos cibernéticos que não sabem mais sequer quem são, simplesmente por falta de existência ou posicionamentos ousados durante as crises de consciência, gerando a temida solidão.
Não pense que internet tira solidão. Não divida a solidão com pessoas que se fazem de inteligentes, íntegras, intocáveis, insuperáveis e insuportáveis, pois a imagem e as letras podem esconder uma solidão maior e pior que a sua.
Estando tranquilo consigo por pequenos momentos todos os dias, já será uma superação maravilhosa a cada ano e a certeza de uma vida útil. Visite seus amigos e familiares, mostre o calor do seu abraço e o aperto das suas mãos. Não viva apenas colecionando paixões.
Quem busca a paixão passageira não está interessado na felicidade. Somente a integridade de uma vida útil centrada no amor é capaz de dar sentido a qualquer existência além da vida terrestre no momento presente, sem pensar no passado, que não volta mais, nem no futuro, que não sabemos se estaremos lá.
Realize agora, na hora, no instante que abrir os seus olhos ou acordar de qualquer sono, ou então não terá mais tempo de ter ilusões e sensações, pois enquanto a realidade é uma grande confusão, o sonho pode ser uma eternidade.
Se crermos que somos apenas um corpo, estamos matando a alma. Se crermos que somos apenas uma imagem ou um texto, estamos matando a existência física. O que morre? Por que queremos ter apenas o prazer sensorial e não uma realização sensorial e mental? Tudo pode não passar de uma simples ilusão de promessa da eternidade, criando ressentimentos totalmente desnecessários, esquecendo o amor, que se cultivado durante os passos, nunca será fraco no final da caminhada.
O amor é um sentimento recíproco. Não se ama sozinho, por isso quem sofre por amor é porque não está amando outra pessoa, e passa a crescer o ódio em si mesmo, sem experimental a essência fundamental da liberdade de pensar, refletir, sonhar e amar, preferindo uma janela de um prédio ou a beira de um precipício.
Quem ama a verdade é possuidor do segredo da caixa de Pandora, podendo até errar na busca desse amor, mas desistir nunca. Quem não se ama, fatalmente não vai encontrar ninguém que queira retribuir esse amor. Caixa do coração vazio é como uma casa de cupim. Porém, um coração cheio de amor é a casa que procuram os apaixonados. Quem mais mostrar o sorriso, mais estará com o coração aberto e cheio de amor e pretendentes.
Nunca esteja vazio de amor, pois ninguém gosta de cara feia, tristeza, solidão e alegrias do tipo kkk. Se quiser morrer sozinho no mundo, acredite nas redes sociais, nos amigos virtuais e nos amores cibernéticos. Se adoecer e estiver no hospital verá que o mundo é um grande manicômio de pessoas estressadas, isoladas e incapazes de mostrar um quente aperto de mão, um beijo no rosto ou uma sopinha quente.
Quando chegar ao fim da vida, olhe para trás e veja quanta bobagem e perda de tempo, percebendo que na velhice, se até lá você chegar, o tempo não parou, os pais não voltam mais, os avós nem mais serão lembrados, e a sua existência foi apenas uma passagem por uma troca de mensagem muita gente vazia, igual ou pior que você, que compartilhava ideias dos outros com outras pessoas cibernéticas que nunca existiram.
Perceberá, fatalmente, que ninguém das redes sociais estava muito interessado em ver as suas fotos curtindo a vida, querendo mostrar poder aquisitivo por onde estava passeando, suas poses em seu quarto ou nas baladas, mostrando uma roupa nova, ou mesmo sendo elogiado.
Somente os parentes e amigos físicos, de abraços, visitas, orientações e presença em todas as horas deveriam ter sido mais valorizados, mas desses você se esquecerá.  
Bem, ai já será tarde demais.
João Bosco do Nordeste
Enviado por João Bosco do Nordeste em 26/11/2015
Alterado em 08/01/2017
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