A morte do poeta
Quando a vida quer calar o poeta e sua sorte,
tudo vira um teorema, uma ficção, realidade.
Enquanto ele estava aqui, transbordou sinceridade,
jogando pelas estradas, pergaminhos de sua morte.
Os papéis da incerteza são bem desorganizados,
só deixa fortes lembranças nos olhos da rebeldia.
Tudo que era noite, deixou a aurora vazia,
marcando suas pegadas, nas areias dos pecados.
Aprendi com o poeta, não jogar conversa fora,
pois tudo que está dentro, fica na primeira instância,
precisa sair com a obra, para formar militância.
montado em seu Rocinante, cavalgando sem espora.
Quando o poeta descansa, os livros serão o seu clone.
nunca mata a sua boca, e nem silencia a sua voz,
pois o som das suas letras continuarão forte e atroz,
gritando com seus escritos, sua "boca no trombone".
(Poema do Livro Talento Poético - Editora Becalete, 2018)
João Bosco do Nordeste e Diversos - Antologia
Enviado por João Bosco do Nordeste em 22/12/2018
Alterado em 19/09/2020