Maria Quitéria de Jesus (nasceu em Feira de Santana, Bahia, em 27 de julho de 1792 e morreu em Salvador, em 21 de agosto de 1853, e foi a primeira mulher a fazer parte do Exército Brasileiro.
Considerada a heroína da Independência, fugiu de casa e fingiu ser homem, usando o nome de seu cunhado (Soldado Medeiros) para entrar nas Forças Armadas, formadas só de homens, lutando contra os portugueses em 1822.
Semanas depois teve sua identidade revelada, mas o major Silva e Castro permitiu que ela ficasse nas tropas contra os portugueses, por sua habilidade com as armas e sua disciplina em batalha.
Participou de vários combates, entre os quais na defesa da Ilha da Maré, da Barra do Paraguaçu, de Itapuã e da Pituba.
Mesmo depois do grito de Independência do Brasil, as tropas portuguesas continuaram combatendo no Brasil, sendo ela destacada para guerrear com as mulheres de seu grupo, na foz do rio Paraguaçu, na Bahia. As tropas portuguesas foram derrotadas em julho de 1823, quando foi promovida a cadete e reconhecida como heroína da Independência.
Dom Pedro I lhe deu o título de “Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro”, e depois enviou uma carta ao pai dela reconhecendo sua importância para o Brasil, pedindo que ela fosse perdoada por ter fugido de casa.
Casou-se com o lavrador Gabriel Pereira de Brito com quem teve a filha Luísa Maria da Conceição. Ao ficar viúva, tentou receber parte da herança deixada pelo pai, mas em 1834 desistiu e foi morar em Salvador, falecendo em 21 de agosto de 1853, praticamente no anonimato, sepultada na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento no bairro de Nazaré.
Em 1953, nos 100 anos da morte, o governo brasileiro decretou que seu retrato estivesse presente em todos as repartições e unidades do Exército.