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João Bosco do Nordeste
Professor Mestre em Educação e Administrador empreendedor
Textos
Educação – Reflexões acadêmicas – Fatores de Aprendizagem 02
11) Sobre as necessidades do ser humano
• Fisiológicos: Fome; Sede e Sexo. (Maslow)
• Estimulantes: Atividade; exploração e curiosidade; manipulação e contato.
• Aprendidos: A agressão, a conquista, o poder e a afiliação. (Mc Clelland)

A) Proposta de Maslow sobre Motivação.
Maslow classifica a motivação a partir de uma escala hierárquica de necessidades, que vai das necessidades Fisiológicas, de segurança, valorização (social), autorealização e de superação (autoestima).
Segundo a proposta, de Maslow, sobre motivação, os motivos superiores aparecem se os inferiores já foram satisfeitos. Esse autor reuniu cinco categorias de metas motivacionais que podem ser aplicadas à realidade do ser humano.
É um modelo que encaixa bastante bem no estilo de vida ocidental-individual. Com isso, queremos dizer que é um modelo teórico e que, de maneira nenhuma, poderemos dizer que se cumpre em sua generalidade. Muitos cientistas, por exemplo, deixam motivos primários de lado para cumprir a necessidade de autorrealização. A hierarquia, segundo seu poder motivacional, é a seguinte:
• Necessidades fisiológicas.
• Necessidade de segurança.
• Necessidades de valorização.
• Necessidade de autorrealização.
• Necessidade de superação.
• Relacione cada ação com o castigo ou reforço correspondente:


12) O que é seria a capacidade?
A capacidade é a relação direta entre a inteligência e a aprendizagem, como um espaço vazio que será preenchido com outras coisas (Picardo João, 2004).
É agir com inteligência e de forma consciente, tendo a humildade como um símbolo de grande valor. O sábio nunca será arrogante ou prepotente. O conceito se refere a espaço, disponibilidade. Ser capaz, portanto, tem a ver também com abrir um espaço para que entre algo que falta, e que pode fazer falta, ser necessário.
O querer ser capaz, o desejar agir com inteligência está, ainda que não muito consciente, às vezes, na origem da aprendizagem. “Isso não sei, mas posso aprender”, poderia ser uma mensagem a transmitir pelo professor. Não se está na obrigação de saber tudo, e a humildade é um bom valor, é um símbolo de capacidade. Indica que há espaço para incorporar.
Seguindo esta linha, o ser incapaz pode assinalar um estado de completude: não há capacidade, não cabe nada. Descansa, muito comumente, na soberba e no egocentrismo. E é próprio da ignorância o não saber que não sabe. Então não há capacidade... para que ingresse tudo o que faz falta para aprender.

13) Comparação da exposição de crianças expostas a muitas informações com a digestão de um bebê?
Por causa da rapidez das informações através da tecnologia, que evolui tão célere quanto a digestão do bebê (comeu, logo está cagando). A tecnologia da comunicação, como fenômeno de altíssimo impacto social, trouxe como consequência que às mais tenras idades dirija-se maior quantidade de informação.
Como analogia, pode-se representar isso como se, aos bebês, desse, cada vez mais cedo, em seu desenvolvimento, a comida dos adultos. Aparecerão dificuldades para mastigar, deglutir, digerir, assimilar e eliminar.

14) Como a tecnologia da comunicação pode influenciar no desenvolvimento psicossexual
A cada informação comunicada vai ocorrendo o desenvolvimento e mudanças nos seres humanos em vários aspectos de sua estrutura básica, quando são boas, vai sendo construído um ser respeitado e respeitador.
A comunicação, em seu expansivo crescimento, pode obter, entre outras coisas, que o processo sincrônico do desenvolvimento psicossexual se dessincronize.
Uma criança de 7 ou 8 anos pode ter ao alcance material restrito anteriormente a adultos, referente à sexualidade. Então, começa um processo fora de tempo, sem ter o correlato físico. E este fora de tempo pode acelerar este último.
Também pode ser um obstáculo ou simplesmente adiá-lo. O que antes começava de dentro para fora, com o nível de exposição dos temas historicamente velados, inverte-se: de fora para dentro.

15) Sobre a antítese da inteligência?
Quem não quiser ter um vício, nunca deve experimentar a primeira vez.
Depois de repassar os mecanismos da inteligência, de dar uma olhada nas funções mentais que intervêm em seu desenvolvimento, pode-se pensar o que acontece quando um vício desenvolvesse em uma pessoa. Avança, ocupa lugares e atrofia funções. Atenta direta e certeiramente contra qualquer possibilidade de agir inteligentemente.
Se uma substância intervier e acarretar um obstáculo ao mecanismo básico do pensamento, além das funções mentais superiores, então sobre inteligência e aprendizagem não fica muito para falar. Se somente se levar em conta que o conceito de aprender implica uma capacidade latente, um espaço que precisa ser preenchido pelo inovador, pelo interessante, pelo necessário para resolver problemas, mas em seu lugar vem e entra com forte determinação uma atividade potencial e supostamente prazerosa ou uma substância, já podemos
imaginar o que significa: perder capacidade.

Em se falando em ato, é a sexualidade. Ou a sensualidade, em se falando de cultura da imagem do corpo em movimento.
Sem dúvida que os transtornos da alimentação são uma consequência direta da idealização do corpo, a juventude, os modelos de como ver-se e mostrar-se, a qualquer custo.

16) Revisando estratégias para ensinar
A inteligência social - construindo pontes. Porque possibilita a adaptação das estratégias junto ao grupo e suas particularidades.

A metacognição pode permitir esse processo. Como não há uma estratégia que garanta resultados, com elas deve-se fazer o mesmo que com qualquer aprendizagem: revisar e modificar segundo a frustração que gere a implementação de uma estratégia. No processo de aprender, pode-se aplicar.
“Estratégia que seja eficaz é mantida” poderia ser a consequência da metacognição: poder seguir os resultados das decisões que são tomadas vai dizendo o que se modifica e o que não.

Algumas características de uma proposta de atividades para que tenha bom resultado em um grupo.
Uma dificuldade de acordo com o auditório; que seja para aprender; que leve a um nível diferente de reflexão; e que possa ser generalizado a outras situações.
A atividade programada, para obter resultados no grupo, tem de possuir as seguintes características:
- uma dificuldade condizente com o auditório;
- que seja para aprender;
- que leve a um nível diferente de reflexão;
- que possa ser generalizado a outras situações.

17) Estilo docente para avaliar atuação e histrionismo superficial de alunos
Pode usar o seu próprio estilo, se conhecer ou tiver consciência dos seus aspectos positivos e negativos.
Como estilo complementar, pousar o estilo Esquizoide, que busca observar sem se deixar seduzir pelo estético. E, de maneira Obsessiva, pode-se pedir pontualização que concretize dados precisos, se estiver frente a uma mensagem vazia de conteúdo que emite o estilo Histérico.
Se, como avaliador, frente a um aluno, começo a me aborrecer e me dou conta de que quero terminar o exame ou me distraio, que estilo de personalidade tenho em frente? Como o complemento? O estilo Fóbico.
É muito provável que o aborrecimento percebido seja gerado por um estilo Obsessivo, cheio de dados frios e sem discriminação quanto à relevância. Antes de querer terminar o exame, é preciso tentar jogar o estilo Psicopata, que interrompa o divagar do interlocutor e vá direto ao assunto”.

18) Transferência de aprendizagem e a comprovação
É a possibilidade de se ter conseguido passar o entendimento da informação proposta, como o resultado de práticas ou de experiências anteriores.
No caso da própria aprendizagem, o fato de colocá-la em prática e corroborar resultados pode ser suficiente para comprovar a transferência. Mas se falarmos de uma relação interpessoal onde se tenta transferir aprendizagens de uma pessoa a outra(s), é necessário contar com ferramentas que explorem o que tanto se pode transferir. Umas das situações que mais possibilidades dá para poder estudar a transferência são as situações problemáticas. A experiência própria (frustração), que a própria vida traz, oferece oportunidades para colocar à prova a transferência da aprendizagem.
Como professores, tivemos como tarefa criar problemas “tipo”, que sirvam de laboratório para pôr à prova o que alguém acumulou e transferiu com o passar do tempo. Por sua vez, também temos o desafio de motivar, de assinalar a necessidade de ser capaz, de ter capacidade para que “entre” algo que provavelmente falte. Pode-se definir a transferência de aprendizagens como a “habilidade para aplicar o que foi aprendido em um determinado contexto a um novo contexto". Além disso, a mera convivência entre pessoas já representa uma transferência de aprendizagens.
A observação e a imitação são maneiras de predispor-se à transferência. O resto é pôr em prática e conferir os resultados.
João Bosco do Nordeste
Enviado por João Bosco do Nordeste em 12/05/2021
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